sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Astronomia


Perfil do Profissional

Para a formação do astrônomo, é fundamental a vivência, treino, análise e síntese, construídos com o enfoque observacional que o capacite a pensar no contexto astronômico. É igualmente fundamental uma base sólida em Física e Matemática. Além disso, o recém formado deve ter uma visão ampla da Astronomia, necessária à identidade profissional.

Mercado de Trabalho

Há basicamente duas possibilidades, após a graduação em Astronomia, para quem quer seguir na área:

Acadêmica: Professor Universitário e/ou Pesquisador

IlustraçãoNeste caso, é necessário fazer mestrado e doutorado em uma das instituições de Pós-graduação que oferecem cursos em Astronomia e ou Astrofísica. Isto leva, pelo menos, 6 anos da vida do estudante após sua formatura e pode ser custeado por algum órgão de fomento à pesquisa.
O professor universitário além de se dedicar ao ensino e extensão também tem que se dedicar a pesquisa. Por outro lado, em centros de pesquisa o profissional além da pesquisa propriamente dita também se dedica a atividades docentes de Pós-Graduação.

Divulgação:

Pode-se trabalhar com divulgação em Planetários, Museus e instituições de ensino de ciências para professores do primeiro e segundo grau. Neste caso, não é exigida pós-graduação.

Matérias

- Álgebra Linear
- Astrofísica
- Astronomia
- Astronomia Moderna
- Cálculo Integral, Numérico e Diferencial
- Computação
- Eletromagnetismo
- Física Clássica,Moderna e Experimental
- Mecânica
- Atmosferas e Interiores Estelares I e II,
- Estrutura Galática I e II
- Mecânica Celeste I e II
- Astrometria I e II
- Estrelas Variáveis Intrínsecas e Sistemas Estelares Binários
- Radioastronomia
- Técnica Instrumental Astronômica
- Tópicos em Astrofísica ou Tópicos em Astronomia dinâmica e de Posição

complicado né? mais se você ama astronomia e desafios, sigam seus sonhos. afinal é tarefa e obrigação de futuros astrônomos e astrofísicos gostar de desafios!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Telescópio Hubble descobre nova classe de planeta


A 40 anos-luz, mundo de água é maior do que a Terra e menor do que Urano. Mundo alienígena é formado por uma espessa atmosfera de vapor de água.
O telescópio espacial Hubble, das agências espaciais americana e europeia, descobriu uma nova classe de planeta: um mundo de água coberto por uma atmosfera espessa e fumegante, menor do que Urano, mas maior do que a Terra. O trabalho foi aceito para publicação no periódico Astrophysical Journal. Esse tipo de planeta nunca havia sido observado.

Concepção artística do GJ 1214b: uma super-Terra orbitando uma estrela anã vermelha a 40 anos-luz. Novas observações do Hubble mostram que o planeta é formado por vapor de água e uma espessa e fumegante atmosfera. Ele representa um novo tipo de planeta, nunca antes observado.
GJ 1214b foi descoberto em 2009, mas só agora os cientistas conseguiram confirmar detalhes sobre a atmosfera do planeta. Em 2010, outro grupo de cientistas realizou medições e descobriu que ela poderia ser formada por vapor de água ou nuvens. Agora, a equipe utilizou a câmera infravermelha do Hubble para confirmar que a atmosfera de GJ 1214b era formada por uma espessa e densa camada de vapor de água.
O planeta possui 2,7 vezes o diâmetro da Terra e tem massa sete vezes maior. GJ 1214b completa uma órbita em volta de uma estrela anã vermelha a cada 38 horas a uma distância de dois milhões de quilômetros, o equivalente a uma vez e meia o diâmetro do Sol. Os cientistas estimam que a temperatura na superfície do mundo alienígena seja de 230 graus célsius.
Como a massa e o tamanho do planeta são conhecidos, os cientistas conseguem calcular sua densidade: dois gramas por centímetro cúbico. A água, por exemplo, tem densidade de um grama por centímetro cúbico e o valor médio para a densidade da Terra é de 5,5. Isso quer dizer que o GJ 1214b tem muito mais água e menos rocha do que nosso planeta. Por isso, a estrutura interna do mundo alienígena seria "extraordinariamente diferente" em relação a Terra.

Telescópio Espacial Hubble
O planeta GJ 1214b está localizado na constelação de Serpentário, a 40 anos-luz da Terra. De acordo com os cientistas, liderados por Zachory Berta, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, ele não se parece com nenhum outro conhecido. "Grande parte de sua massa é formada por água", disse Berta.

Os teóricos acreditam que o GJ 1214b começou sua formação distante de sua estrela-mãe, onde o gelo era abundante. Depois o planeta migrou para mais perto, passando pela zona habitável da estrela. Nesse momento, a temperatura da superfície seria semelhante a da Terra. Os cientistas não sabem dizer quanto tempo ele teria ficado assim.


Por causa da proximidade do planeta, 'apenas' 40 anos luz, o GJ 1214b é um grande candidato para ser estudado pelo telescópio espacial James Webb, o sucessor do Hubble. A missão de mais de oito bilhões de dólares tem previsão de lançamento para 2018.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

6 sistemas planetários esquisitos que você precisa conhecer O Sistema Solar pode ser considerado fenômeno raro no Universo, mas as esquisitices não param por aí. Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/astronomia/19081-6-sistemas-planetarios-esquisitos-que-voce-precisa-conhecer.

O Sistema Solar pode ser considerado fenômeno raro no Universo, mas as esquisitices não param por aí.


Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/astronomia/19081-6-sistemas-planetarios-esquisitos-que-voce-precisa-conhecer.htm#ixzz1mOR8Qnyd

O Universo é repleto de elementos e esquisitices que ainda precisam ser muito estudados para que o ser humano possa compreendê-los, mesmo que parcialmente. Porém, às vezes entender esses fenômenos faz com que eles se tornem ainda mais peculiares. Dois sóis, uma estrela orbitando outra e planetas anões vermelhos são apenas alguns exemplos do que o espaço pode abrigar.
E se você acha que o Sistema Solar é algo comum, saiba que ele também entra em uma das excentricidades da imensidão que está à nossa volta. Conheça agora alguns desses fenômenos espetaculares que intrigam e maravilham profissionais ou amadores da Astronomia.
Os fenômenos abaixo estão listados de forma totalmente aleatória, sem qualquer preferência de estilo ou esquisitice.

Quatro estrelas e poeira

O HD 98800 é um sistema estelar que abriga quatro estrelas anãs laranjas (também conhecidas como T Tauri). Os quatro astros formam dois sistemas binários, nos quais uma estrela orbita outra. O HD 98800 por si só já é bem peculiar, mas a nuvem de poeira que envolve um dos pares é o que mais intriga os astrônomos.
 (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)
O chamado disco protoplanetário foi descoberto com a ajuda do Telescópio Espacial Spitzer e está presente em apenas um dos sistemas binários. Existe a especulação de que um planeta extrassolar seja responsável pela formação dessa nuvem de poeira, mas os cientistas acreditam que apenas a força gravitacional das estrelas seja suficiente para garantir a existência dos “anéis” de HD 98800.

Sistema de três planetas

A estrela Kepler-18 é semelhante ao nosso Sol, diferindo apenas no tamanho (cerca de 10% maior) e na massa (3% menor que a estrela do Sistema Solar). Recentemente, uma equipe de astrônomos da Universidade do Texas, com a ajuda de dados coletados pela sonda Kepler, descobriu que existem três planetas orbitando Kepler-18. O sistema contém uma “super-Terra” (chamada de Kepler-18b) e dois astros com o tamanho de Netuno (Kepler-18c e -18d).
Os planetas do sistema orbitam muito mais próximos de Kepler-18 do que Mercúrio do Sol. O astro “b” completa uma volta em torno da estrela em apenas 3.5 dias, enquanto os dois Netunos, “c” e “d”, levam 7.6 e 14.9 dias terrestres, respectivamente. Acredita-se que existam outros planetas em volta dessa estrela, mas ainda não foi possível detectar sua existência.

Planetas “caroneiros”

No Universo, não é incomum encontrar objetos pegando “carona” na órbita de planetas, luas e outros objetos. Batizados de Trojans, esses astros “caroneiros” podem ter os mais variados tamanhos e aspectos. A Terra, por exemplo, possui um asteroide Trojan, chamado 2010 TK7.
Janus, uma das luas de Saturno, é considerada um Trojan, pois sua órbita é tão próxima à de Epimethus (outra lua do planeta dos anéis)que por muitos anos pensou-se se tratar do mesmo objeto.
O que fez com que os cientistas percebessem o equívoco é que ninguém chegava a um acordo em relação ao período orbital do objeto, já que cada um observava a lua em épocas diferentes. Para você ter uma ideia de quão próximas são as órbitas das luas, Janus e Epimetheus chegam a trocar de lugar quando se aproximam.

De trás para frente

Não é incomum pensarmos que todos os objetos de um sistema planetário girem no mesmo sentido e direção em relação à sua estrela principal. Esse pensamento não está errado, já que a maioria dos objetos segue a mesma regra. Porém, sempre há um rebelde sem causa que faz tudo ao contrário.
No Sistema Solar, Vênus é o único planeta que roda no sentido horário (se fosse olhado de cima no polo Norte do Sol). Um habitante em Vênus veria o nascer e o pôr do Sol uma vez a cada 116 dias terrestres.
Ampliar (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)
Urano também possui uma peculiaridade que faz com que o dia dure mais em algumas regiões do planeta. Por causa de sua inclinação exagerada, um dia pode levar até 42 anos para passar no polo norte do astro. Nas demais áreas, são necessárias apenas 17 horas para que o Sol se ponha (ou nasça) novamente. E você achou que o Sistema Solar era o padrão de normalidade.

Nosso sistema

A formação de um sistema planetário como o nosso é bem raro. Ter vários planetas (um deles capaz de sustentar vida na forma que conhecemos) orbitando uma mesma estrela é um fenômeno bem incomum, que depende da ocorrência de centenas de fatores.
Um grupo de cientistas dos Estados Unidos e Canadá construiu um simulador que permite mostrar de forma mais concreta as dificuldades enfrentadas para o surgimento de outro Sistema Solar como o nosso. Segundo o que foi publicado na Science Journal, as simulações feitas pelo grupo mostraram que, na maioria das situações, ou os planetas não eram criados, ou adquiriam órbitas extremamente elípticas, criando um sistema planetário bem diferente.
Ampliar (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)

Quase um Tatooine

A sonda Kepler também foi a responsável pela descoberta de um sistema planetário que até então só tinha sido visto na saga Star Wars: um planeta com dois sóis. Kepler-16 agitou os cientistas ao mostrar se tratar de um sistema planetário circumbinário, ou seja, um único planeta orbita duas estrelas diferentes.
Diferente do que a série de ficção mostra, o planeta com o tamanho de Saturno é frio e gasoso, sendo impossível a existência de vida nele. As estrelas mãe do sistema são menores do que o nosso Sol e giram uma ao redor da outra a cada 41 dias. A órbita do planeta em torno de seus sóis é de 229 dias terrestres.
……
Acima, foram apresentados alguns sistemas planetários bem diferentes do que imaginamos ser o Sistema Solar. Agora é com você, leitor. Não deixe de enviar seu comentário com outras curiosidades a respeito de planetas e estrelas.


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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Descoberto indícios de água em Marte


Mineral encontrado pela sonda Opportunity aponta que o planeta já teve água; descoberta foi divulgada na quarta-feira
Mineral encontrado pela sonda Opportunity aponta que o planeta já teve água; descoberta foi divulgada na quarta-feira
A descoberta de um mineral, aparentemente gesso, em Marte, são indícios de que Marte já teve água. O mineral faz parte das últimas descobertas da nave Opportunity, apresentadas na última quarta-feira na conferência da União Geofísica Americana em San Francisco.
O fino veio de gesso foi localizado na borda da cratera Endeavour, que tem 154 km de distância. Segundo os estudiosos, o gesso geralmente se forma pelo fluxo da água dentro das rochas.
Para Benton Clark do Instituto de Ciência Espacial em Boulder, Colorado, “é um mistério onde a areia de gesso no norte de Marte vem”, mas a Nasa vai continuar procurando outros depósitos como este no planeta.
A nave Opportunity foi enviada a Marte em 2004 e continua enviando dados do planeta.

Abertas as inscrições para a edição do OBA 2012 fevereiro


Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) abre inscrições para a edição de 2012
Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) abre inscrições para a edição de 2012.
Escolas públicas e privadas de todo o país já podem garantir presença na XV Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). As inscrições para os ensinos fundamental e médio vão até março e as provas, divididas em quatro níveis, acontecem no dia 11 de maio.
Em 2011, a olimpíada distribuiu 33.307 medalhas e reuniu 803.180 alunos de 9.153 escolas de todas as regiões do país, envolvendo 64.890 professores. A expectativa desse ano é atingir a marca de um milhão.
Segundo o astrônomo e coordenador nacional da OBA, Dr. João Canalle, cada prova será constituída de dez perguntas: cinco de Astronomia, três de Astronáutica e duas de Energia. “As questões serão, em sua maioria, de raciocínio lógico”, informa.
Os estudantes mais bem classificados vão integrar as equipes que representarão o país nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica  que esse ano será no Brasil e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica, além de participarem das Jornadas Espacial, de Energia, de Foguetes e do Space Camp.
Canalle ressalta que o objetivo da olimpíada é fomentar o interesse dos jovens pela Astronomia e ciências afins, promovendo a disseminação dos conhecimentos básicos de forma lúdica e cooperativa: “Nossa principal meta é fornecer dados corretos e atualizados aos alunos e professores”.
A OBA é organizada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). O grupo responsável é constituído pelos astrônomos João Batista Garcia Canalle (UERJ), Thaís Mothé-Diniz (UFRJ), Helio Jacques Rocha-Pinto (UFRJ), Jaime Fernando Villas da Rocha (UNIRIO) e pelo engenheiro aeroespacial José Bezerra Pessoa Filho (IAE).
Durante todo o ano, a OBA realiza os Encontros Regionais de Ensino de Astronomia (EREAs). O programa que existe desde 2009 , é realizado com parcerias locais e principalmente com recursos obtidos junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Quem desejar organizar um EREA em sua região, basta entrar em contato com a secretaria (oba.secretaria@gmail.com).
Mais informações:
Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA): é óbvio que essa prova eu vou participar sem falta e tomara que eu passe! hehe! mais informações entrem em; www.oba.org.br

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Astrônomos encontram estrela que não deveria existir


Teoria incompleta
Uma equipe de astrônomos europeus utilizou o Very Large Telescope do ESO (VLT) para descobrir uma estrela na Via Láctea que os cientistas achavam não poder existir.

Os astrônomos descobriram que esta estrela é composta quase inteiramente por hidrogênio e hélio, com quantidades minúsculas de outros elementos químicos.

Sua intrigante composição química coloca a estrela na "zona proibida" dentro da teoria de formação de estrelas, o que significa que esta estrela nunca deveria ter-se formado - ou que a teoria está errada.
Esta intrigante composição química coloca a estrela na chamada "zona proibida" dentro da teoria de formação estelar mais aceita, o que significa que esta estrela nunca deveria ter-se formado.
Ou, o que agora parece ser mais razoável, que a estrela está correta, mas a teoria não.
Estrela sem metais
A estrela de baixa luminosidade está situada na constelação do Leão e é chamada SDSS J102915+172927 - a sigla é rastreio SDSS (Sloan Digital Sky Survey) e os números fazem referência à posição do objeto no céu.
Ela possui a menor quantidade de elementos mais pesados que o hélio (que os astrônomos chamam de "metais") do que todas as estrelas estudadas até hoje. Este objeto possui uma massa menor que a do Sol e tem provavelmente mais de 13 bilhões de anos de idade.
"Uma teoria muito aceita prediz que estrelas como esta, com pequena massa e quantidades de metais extremamente baixas, não deveriam existir porque as nuvens de material a partir das quais tais objetos se formariam nunca se poderiam ter condensado," explica Elisabetta Caffau, da Universidade de Heidelberg, na Alemanha e do Observatório de Paris, na França.
"É surpreendente encontrar pela primeira vez uma estrela na 'zona proibida'. Isto significa que iremos provavelmente ter que verificar alguns dos modelos de formação estelar, completa Caffau, que é a autora principal do artigo científico que descreve estes resultados, e que será publicado em Setembro na revista Nature.
Estrela mais velha já encontrada
A equipe analisou as propriedades da estrela com o auxílio dos espectrógrafos X-shooter e UVES, montados no VLT. Os astrônomos mediram a abundância dos vários elementos químicos presentes na estrela e descobriram que a proporção de metais na SDSS J102915+172927 é mais de 20 mil vezes menor que a proporção de metais no Sol.
"A estrela é tênue e tão pobre em metais que apenas conseguimos detectar a assinatura de um único elemento mais pesado que o hélio - o cálcio - nas primeiras observações que fizemos," disse Piercarlo Bonifacio, que supervisionou o projeto. "Tivemos que pedir tempo de telescópio adicional ao Diretor Geral do ESO para estudar a radiação da estrela com mais detalhe, com longos tempos de exposição, de modo a tentar encontrar mais metais."
Os cosmólogos acreditam que os elementos químicos mais leves - hidrogênio e hélio - foram criados pouco depois do Big Bang, juntamente com um pouco de lítio, enquanto a maioria dos outros elementos foram posteriormente formados nas estrelas.
As explosões de supernovas espalharam o material estelar para o meio interestelar, tornando-o rico em metais. As novas estrelas que se formam a partir deste meio enriquecido possuem por isso maiores quantidades de metais na sua composição do que as estrelas mais velhas.
Por conseguinte, a proporção de metais numa estrela nos dá informação sobre a sua idade.
"A estrela que estudamos é extremamente pobre em metais, o que significa que é muito primitiva. Pode ser uma das estrela mais velhas jamais encontrada," acrescenta Lorenzo Monaco (ESO, Chile), que também participou do estudo.
Lítio nas estrelas
É igualmente surpreendente a falta de lítio na SDSS J102915+172927. Uma estrela tão velha deveria ter uma composição semelhante àquela do Universo pouco depois do Big Bang, com apenas um pouco mais de metais.
No entanto, a equipe descobriu que a proporção de lítio na estrela é pelo menos cinquenta vezes menor que a esperada devido à matéria produzida pelo Big Bang.
"É um mistério como é que o lítio produzido logo após o início do Universo foi destruído nesta estrela", acrescenta Bonifacio.

A composição química das estrelas é estudada por meio da decomposição da sua luz, o chamado espectro estelar. A anotação mostra o dado que revelou a presença de Cálcio na estrela.
Os investigadores também apontam para o fato desta estrela incomum não ser provavelmente única.
"Identificamos várias outras estrelas candidatas que podem ter níveis de metais semelhantes, ou até inferiores, aos da SDSS J102915+172927. Planejamos agora observar estes candidatos com o VLT para verificarmos se é realmente este o caso," conclui Caffau.
Teorias de formação estelar
Teorias de formação estelar mais aceitas afirmam que estrelas com massas tão baixas como a SDSS J102915+172927 (cerca de 0,8 massa solar ou menos) apenas podem se formar depois de explosões de supernova terem enriquecido o meio interestelar acima de um valor crítico.
Isto deve-se ao fato dos elementos mais pesados atuarem como "agentes de arrefecimento", ajudando a irradiar o calor das nuvens de gás, fazendo assim com que estas nuvens possam seguidamente colapsar para formar estrelas.
Sem estes metais, a pressão devida ao aquecimento seria demasiadamente forte e a gravidade da nuvem seria muito fraca para a vencer e fazer a nuvem colapsar.
Uma teoria em particular identifica o carbono e o oxigênio como os principais agentes de arrefecimento. No entanto, na SDSS J102915+172927 a quantidade de carbono é menor do que o mínimo julgado necessário para que este arrefecimento se torne efetivo.
A estrela HE 1327-2326, descoberta em 2005, tem a menor abundância de ferro conhecida, mas é rica em carbono. A estrela agora analisada tem a menor proporção de metais conhecida quando consideramos todos os elementos químicos mais pesados que o hélio.
A chamada nucleossíntese primordial estuda a produção de elementos químicos com mais de um próton, alguns momentos após o Big Bang. Esta produção deu-se num curto espaço de tempo, permitindo que apenas hidrogênio, hélio e lítio se formassem.
A teoria do Big Bang prediz, e as observações confirmam, que a matéria primordial era composta essencialmente por 75% (em massa) de hidrogênio, 25% de hélio e alguns traços de lítio.

Simulação recria nascimento de galáxia similar à Via Láctea


Simulação galáctica
Após intensos cálculos numéricos, que tomaram nove meses de um supercomputador, cientistas completaram a primeira simulação completa do nascimento de uma galáxia espiral.
A galáxia hipotética é semelhante à nossa Via Láctea e, segundo o grupo, a simulação, chamada Eris, pode ser uma recriação bastante realística de como a nossa galáxia surgiu.
A simulação resolve um problema antigo, que levou alguns pesquisadores a questionarem o modelo cosmológico vigente.
"Esforços anteriores para formar uma galáxia de disco massivo como a Via Láctea falharam, com as galáxias simuladas acabando com enormes protuberâncias centrais em relação ao tamanho do disco," explica Javiera Guedes, da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, e primeiro autor de um artigo sobre a nova simulação.
Via Láctea simulada
A galáxia Eris é uma galáxia espiral barrada, ou seja, com um grande barra central de estrelas brilhantes. Todas as demais propriedades estruturais simuladas são consistentes com as galáxias como a Via Láctea.
Seu perfil de brilho, relação entre saliência central e disco, conteúdo estelar e outras características essenciais estão dentro da faixa de observações da Via Láctea e de outras galáxias do mesmo tipo.
"Nós dissecamos a galáxia de muitas maneiras diferentes para confirmar que ela se encaixa com as observações", disse Guedes.
Teoria da matéria escura fria
Os resultados apóiam a chamada teoria da matéria escura fria, segundo a qual a evolução da estrutura do universo é dirigida pelas interações gravitacionais da matéria escura - o termo "frio" expressa o movimento lento das partículas.
A gravidade atuou inicialmente sobre ligeiras flutuações de densidade presentes logo após o Big Bang, reunindo os primeiros aglomerados de matéria escura, que cresceram para formar aglomerados cada vez maiores através da fusão de pequenos progenitores menores.
Segundo a teoria, a matéria comum que forma estrelas e planetas caiu em "poços gravitacionais", criados por grandes aglomerações de matéria escura, dando origem a galáxias nos centros de halos de matéria escura.
Nos últimos 20 anos, no entanto, os esforços para reproduzir este processo em simulações de computador não conseguiram gerar galáxias maciças de disco, semelhantes à Via Láctea, com seus braços espirais em um grande disco plano em torno de um bojo central pequeno, formado por estrelas mais velhas.

Cientistas descobrem quarto exoplaneta potencialmente habitável


Astro é pelo menos 4,5 vezes maior do que a Terra, rochoso e está em uma região do espaço onde pode existir água em estado líquido.

Uma equipe internacional de astrônomos anunciou no dia 02/02 a descoberta de um novo exoplaneta - como são chamados os planetas fora do Sistema Solar - potencialmente habitável. É o quarto astro desse tipo a ser localizado pela comunidade científica.

O planeta foi identificado pelo código GJ 667Cc e orbita uma estrela batizada GJ 667C, que, por sua vez, faz parte de um sistema formado por três estrelas. Esses números e letras representam o "endereço" dos corpos celestes no espaço sideral. O exoplaneta recém-descoberto está a 22 anos-luz da Terra (cada ano-luz equivale a 9.460 bilhões de quilômetros).

"Este planeta reúne as melhores condições para manter água em estado líquido e é, portanto, o melhor candidato a abrigar vida tal qual nós a conhecemos", explicou Guillem Anglada-Escudé, chefe da equipe que trabalhou na pesquisa pelo Carnegie Institution for Science, em Washington, nos Estados Unidos. O planeta se encontra na zona habitável de sua estrela, onde as temperaturas não são nem muito quentes nem muito frias, permitindo que a água permaneça em estado líquido. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pesquisadores querem retomar busca por inteligência extraterrestre

creio q algumas pessoas daqui já devem ter ouvido falar de frank drake. eu li esse texto na internet e me emocionei! sou enormemente fã dele. agora vamos saber mais um pouqinho sobre o projeto SETI. confiram aí;

 

Descoberta de planetas parecidos com a Terra anima grupo que rastreia transmissões de rádio de civilizações alienígenas


Foto: Ramin Rahimian/The New York TimeAmpliar
Grupo de cientistas da Califórnia busca sinais de vida extraterrestre
O E.T. pode estar nos telefonando, mas será que nós nos importamos o suficiente para atender a ligação?
Operando com dinheiro e equipamentos doados pelo público e por milionários do Vale do Silício, além da vontade de perseguirem seus sonhos, um grupo de astrônomos recentemente reiniciou uma das aventuras mais icônicas da ciência moderna, a busca por inteligência extraterrestre – ou SETI (sigla em inglês para Search For Extra-Terrestrial Intelligence, Busca Por Inteligência Extra-terrestre) - que havia sido interrompida no ano passado por falta de financiamento.

No início de dezembro, um conjunto de 42 radiotelescópios mais conhecidos como o Grupo de Telescópios Allen, situados embaixo do Pico Lassen, começou a funcionar e já realizou pesquisas na constelação de Cygnus, buscando transmissões de rádio de civilizações alienígenas. O programa voltou à ativa, mas como sempre tem problemas com financiamento não se sabe muito bem por quanto tempo continuará ativo.
Esta pode ser a melhor época para aqueles que procuram inteligência extra-terrestre, ou pelo menos um sinal de rádio alienígena. Os astrônomos já sabem que a galáxia tem tantos planetas - onde supostamente por ter haver vida extraterrestre – quanto estrelas. Sinais de vida e tecnologia alienígena podem ser raros no cosmos, disse Geoffrey W. Marcy, um perito na busca por inteligência extra-terrestre e professor na Universidade da Califórnia, em Berkeley, "mas com certeza eles estão lá fora, pois existem muitos planetas parecidos com a Terra na Via Láctea."

Leia mais:
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Cientistas tentam encontrar sinais de vida em 86 planetas
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Um simples "olá", um grito, um barulho ou um fluxo de números incompreensíveis captados por uma das antenas do Observatório de Hat Creek, localizado na Universidade da Califórnia, seria o suficiente para acabar com nossa solidão cósmica e mudar a história, sem contar a ciência. Qualquer sinal de vida ajudaria a responder uma das questões mais pertinentes que os seres humanos se perguntam constantemente: será que estamos sozinhos no universo?
Apesar de décadas de sondas espaciais e bilhões de dólares investidos pela NASA na procura por vida extraterrestre, ainda existe apenas um exemplo de vida no universo: a rede de biologia baseada no DNA da vida da Terra. "Neste campo", disse Jill Tarter, astrônomo do Instituto SETI de Mountain View, na Califórnia, o número "dois é o número mais importante. Contamos um, dois e infinito. Todos nós estamos à procura do número dois".
Mas a história do SETI é a história de um sonho adiado pela política, pela falta de financiamento e pelos desafios tecnológicos de pesquisar o que os astrônomos chamam de "um palheiro cósmico": 100 bilhões de estrelas na galáxia e 9.000 milhões de frequências de rádio que os alienígenas, caso existam, podem estar tentando usar para se comunicar conosco.
A política e a recessão têm feito com que o orçamento dos astronômos diminua e deixou os cientistas do instituto sempre em alerta. Na primavera passada, a Universidade da Califórnia, ficou sem dinheiro para administrar e manter o Observatório de Hat Creek, fazendo com que os grupo de telescópios Allen entrasse em uma espécie de hibernação. A continuidade da busca hoje depende de um acordo delicado de se compartilhar os telescópios com a Força Aérea, que quer usá-los para rastrear satélites e lixo cósmico. Nenhum dinheiro do governo federal tem sido gasto em busca de sinais de rádio extra-terrestre desde 1993.
Foto: Ramin Rahimian/The New York Times
Em dezembro, os radiotelescópios na Califórnia voltaram a funcionar
Uma visita recente aos escritórios do Instituto SETI em Mountain View revelou muito cubículos vazios e corredores extremamente silenciosos. Ao longo do verão, quando os telescópios Allen não foram utilizados, as ervas daninhas cresceram ao seu redor.
Faltam 998.000 estrelas
Essa história começou com um jovem rádio-astrônomo chamado Frank Drake, que apontou uma antena do Rádio Observatório Nacional de Astronomia em Green Bank, na Virgínia, para um grupo de estrelas, em 1960, se perguntando se conseguiria fazer contato com alguma coisa ou alguém.
Tudo que ouviu foi estática.
Em 1971, a NASA realizou um workshop liderado por Barney Oliver, chefe de pesquisa da Hewlett-Packard, que concluiu que a melhor maneira de encontrar extraterrestre seria gastando US$10 bilhões em radiotelescópios gigantes chamados de Cyclops. O preço - assim como o assunto – chamou a atenção do grande público.
Em 1978, o senador William Proxmire, de Wisconsin, que criticou o programa como um gasto desnecessário para o governo, concedeu um de seus infames prêmios "Golden Fleece" para a busca por inteligência extraterrestre e, em 1993, uma pesquisa patrocinada pela Nasa para verificar os sinais de 1.000 estrelas próximas à Terra foi cancelada pelo Congresso. Com a ajuda de amigos como Oliver, do Vale do Silício, Tarter e seus colegas decidiram continuar com a pesquisa.
Como o diretor de pesquisa do SETI, Tarter, 67, se tornou a face pública dessa causa e até a atriz Jodie Foster chegou a pedir sua ajuda quando interpretou Ellie Arroway, uma rádio-astrônoma que acaba encontrando um sinal no filme "Contato".
Tarter foi recrutada em 1976, enquanto ainda era uma estudante de pós-doutorado em Berkeley e leu o relatório Cyclops, um rito de passagem para a maioria dos astrônomos que pretendem estudar a vida extraterrestre.
"Você não tem que perguntar a um sacerdote ou a um filósofo sobre a vida no universo", disse Tarter. Mas ela percebeu que fazia parte da primeira geração que poderia começar a fazer experimentos sobre o assunto. Meio século e cerca de 2.000 estrelas depois, a humanidade ainda está oficialmente sozinha.
Drake é mais destemido, e aponta que existem 100 bilhões de estrelas na galáxia. Sua estimativa pessoal, com base em uma equação que ele criou em 1961, é que existem 10.000 civilizações tecnológicas na galáxia, uma para cada milhão de estrelas.
"Eu sempre soube que teria que observar um milhão de estrelas", disse ele. Hoje com 81 anos, Drake é professor da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, e ex-presidente do Instituto SETI.
O grupo de telescópios Allen, que foi projetado para encontrar as milhões de estrelas de Drake, foi batizado em homenagem a Paul G. Allen, um dos fundadores da Microsoft e filantropo ativo, que ajudou com US$ 25 milhões para a consolidação do projeto. Co-pertencente e operado pela Universidade da Califórnia, Berkeley, e pelo Instituto SETI, ele é composto por 350 antenas, tem 6 metros de diâmetro, e deveria ter sido produzido em massa da mesma maneira que antenas parabólicas.
O conjunto completo seria capaz de mapear uma faixa do céu de lua cheia em apenas 10 minutos, ou todo o céu em uma noite – algo que é de grande interesse para os astrônomos e, consequentemente, para os militares.
Mas a contribuição de Allen foi apenas o suficiente para construir 42 antenas, que começaram a operar em 2007. Os astrônomos dizem que US$55 milhões de dólares poderiam finalizar o telescópio, mas ainda não houve ninguém que se voluntariasse para doar essa quantia.
A recessão e os cortes orçamentários fizeram com que a universidade não conseguisse mais administrar o , bem quando haviam iniciado a pesquisa sobre os planetas descobertos pela nave espacial Kepler da Nasa. Os telescópios Allen foram deixados de lado e a equipe de astrônomos foi embora.
Um apelo por financiamento foi publicado no site do instituto, que eventualmente arrecadou cerca de US$220.000 – um valor que deu para pagar o equivalente a dois meses de despesas operacionais. Enquanto isso, a Força Aérea se mostrou interessada em usar os rádio-telescópios.
O conjunto, explicou Tarter, pode ser utilizado também para rastrear satélites e lixo espacial, uma possibilidade que foi identificada pela primeira vez em 2004 em um memorando escrito por seu marido, William Welch, um rádio-astrônomo da Universidade da Califórnia, Berkeley, que é conhecido apenas como Jack. "Há uma longa tradição de parceria entre a radioastronomia e os militares", disse Tarter.
Sob os termos de um acordo que ainda está em negociação, a Força Aérea vai pagar uma parte das operações em Hat Creek, que custam cerca de US$ 1,5 milhões (além de pagar US$ 1 milhão por ano pelos salários dos astrônomos). O dinheiro arrecadado até agora deve comprar alguns meses de pesquisa na melhor das hipóteses.
Foto: Ramin Rahimian/The New York Times
Boas vindas: Tapete da porta de entrada do Observatório de Hat Creek onde pesquisadores buscam contato com extra-terrestres
Todas as espécies são bem-vindas
Os astrônomos começaram a trazer seus equipamentos de volta para Hat Creek em setembro. Antes disso, o lugar parecia abandonado.
"Ninguém tinha cortado as ervas daninhas", disse Tarter. "O lugar estava com um aspecto tão triste.”
No começo de dezembro, quando Tarter e Welch voltaram a Hat Creek, eles cortaram as ervas daninhas e as antenas foram majestosamente sintonizadas numa música que apenas eles conseguiam ouvir. As antenas espalhadas por um campo se assemelhavam a uma floresta de antenas parabólicas.
Perto dali, em uma chácara modesta, prateleiras de equipamentos eletrônicos e computadores emitiam um som. O capacho da porta da frente dizia: "Todas as espécies são bem-vindas.”
Dentro da casa, Tarter estava sentada na frente de um computador observando com um olhar desconfiado enquanto a tela demonstrava que uma fileira de números que indicavam um sinal de banda estreito – uma indicação de uma fonte artificial - tinha sido detectada.
Ela se orgulha de nunca ter publicado um alarme falso e ela assentiu com aprovação à medida que o telescópio e os computadores realizavam o processo de desconsiderar o novo sinal. Muitas vezes, por exemplo, o movimento da Terra faz com que a frequência de um sinal que vem do céu mude. A lista de alarmes falsos tem crescido ao decorrer dos anos, segundo ela.
Em poucos minutos eles voltaram a varrer uma nova parte dos céus. Os computadores verificam um sinal persistente cinco vezes, mexendo o telescópio para dentro e fora dele, antes de chamar alguém para discutir o assunto - "a pessoa que estiver na mesa", disse Tarter.
O próximo passo seria ligar para o diretor de um observatório que fica no oeste do país (já que é nesse sentido que o céu gira) e pedir para que continue a análise do sinal.
"Uma vez nós ficamos analisando um sinal durante seis horas", disse Tarter. Um momento dramático aconteceu, em 1998, quando Tarter e seus colegas estavam trabalhando no observatório de Green Bank e houve um sinal que eles não conseguiam eliminar.
Finalmente, eles descobriram que estavam apenas recebendo transmissões do satélite europeu SOHO.
"Nós acabamos indo dormir", disse Tarter.
"Foram seis horas repletas de adrenalina", acrescentou. "Eu não consigo imaginar como irei me sentir quando acontecer algo de verdade." muito legal né? esse é um grande projeto pra busca inteligente fora da terra!